Games estão deixando para trás a imagem de que são 'perda de tempo para adolescentes': desenvolvedores apostam em impactos positivos dos videogames para os usuários mais jovens.
Nós do Canal 42 tivemos a oportunidade de bater um papo com um especialista da Yandex Games sobre como os jogos podem ter um impacto positivo nos mais jovens e também algumas outras perguntas pertinentes aos assuntos que hoje em dia são muito interessantes tanto para os mais jovens quanto para os mais jovens.
Confira abaixo:
- As crianças realmente ficam doentes só porque não querem mais nada além de brincar?
Crianças e adultos gostam de jogar videogames. Há pesquisas que mostram que há benefícios em jogar videogames, como fala o artigo que lançamos.
De acordo com um estudo da American Psychological Association, o jogo pode melhorar as habilidades de resolução de problemas, a coordenação olho-e-mão e o raciocínio espacial de uma criança, bem como sua capacidade de atenção e concentração.
Para abordar a questão diretamente, sim, também há pesquisas que sugerem que os videogames podem levar a consequências negativas para a saúde, mas sempre com muitos aspectos a serem considerados.
Os videogames são bastante seguros para o seu filho jogar. E sempre há maneiras de proteger seu filho para evitar o contrário. Você pode evitar danos potenciais de um videogame monitorando e limitando o que eles estão jogando. Converse com seu filho sobre como ficar seguro online.
Construir uma relação de confiança fará com que seu filho queira falar com você. Eles estarão mais inclinados a deixar você saber como eles estão se sentindo sobre a vida. Isso pode ajudá-los a perceber que eles estão lutando e precisam de ajuda. Há três partes a considerar antes de se preocupar com seu filho e jogos violentos: a personalidade dele, a situação em que ele se encontra e a motivação por trás dos jogos. Estes desempenham um papel em como eles reagem à violência na tela.
- Existem maneiras de provar as diferenças cognitivas entre aqueles que jogam de forma saudável e aqueles que não jogam nada?
Claro que existem.
Há um crescente corpo de pesquisa que encontrou outros efeitos positivos, além dos que já mencionei, de jogar videogames, e eles incluem um estudo recente mostrando que jogar videogames pode aumentar a inteligência e o QI das crianças.
- Onde está a linha entre quando os jogos se tornam educativos e saudáveis e se preocupam com a saúde de jovens e crianças?
É difícil traçar uma linha exata. O jogo é uma saída de entretenimento como qualquer outra, como filmes, séries de TV, teatro e assim por diante.
Sempre haverá uma variedade de temas e formatos que os jogos podem ser feitos. E uma variedade de pessoas diferentes como público.
Em relação às crianças e aos jovens, como mencionei, são muitos os benefícios comprovados para a educação, saúde e o próprio entretenimento.
E para evitar as consequências negativas, o jogo deve ser tratado com cautela e monitorado, principalmente para crianças muito pequenas.
- O desenvolvimento das crianças está cada vez mais acelerado, e os jogos cada vez mais tendo que se reinventarem e evoluirem para captarem a atenção desse público, como a tecnologia dos games poderá saciar essa sede no futuro?
Nossa melhor aposta para continuar inovando e criando jogos divertidos e atraentes para todos os públicos são os desenvolvedores. À medida que o número de jogadores continua a aumentar, o mesmo acontece com os estúdios de desenvolvimento. Por exemplo, de acordo com a Pesquisa da Indústria Brasileira de Games 2022, o número de estúdios de desenvolvimento de videogames aumentou 169% desde 2018. Cada desenvolvedor tem perspectivas únicas e novas ideias para acompanhar a demanda dos jovens jogadores. Por exemplo, uma maneira de os desenvolvedores usarem a tecnologia de jogos para atender às necessidades de desenvolvimento das crianças é incorporando mais elementos educacionais aos jogos. Isso pode incluir aulas interativas, desafios de resolução de problemas e outras atividades que ajudam as crianças a aprender e desenvolver novas habilidades enquanto se divertem.
Outra maneira pela qual a tecnologia de jogos pode acompanhar a evolução das necessidades das crianças é incorporando tecnologias novas e emergentes, como realidade virtual e aumentada. Essas tecnologias podem proporcionar às crianças experiências envolventes e envolventes que captam sua atenção e as incentivam a explorar e aprender. Além disso, a tecnologia de jogos também pode continuar inovando e aprimorando os recursos existentes, como gráficos, som e mecânica de jogo, para fornecer às crianças conteúdos cada vez mais envolventes e divertidos.
No geral, acreditamos que os desenvolvedores farão o melhor uso da tecnologia de jogos para continuar a evoluir e inovar para atender às necessidades de desenvolvimento das crianças. Ao incorporar novas tecnologias, elementos educacionais e conteúdo envolvente, a tecnologia de jogos continuará a atrair a atenção e a imaginação das crianças nos próximos anos.
- É possível modificar os comportamentos e pensamentos negativos dos jovens no universo dos games, como machismo, preconceito e outros tipos?
Sim, sem dúvida. Como qualquer tipo de arte, os jogos têm a responsabilidade de promover respeito, aceitação, igualdade, justiça e amor.
Infelizmente, ainda há muito a ser feito nesse sentido, mas estamos chegando lá, passo a passo.
Como o exemplo de The Last of Us Part II, que algumas pessoas criticaram (infelizmente) por causa do relacionamento homoafetivo que ocorre nele, mas mesmo assim foi um grande sucesso e o segundo jogo mais premiado de todos os tempos (atrás de Elder Ring).
Na Yandex Games, não apenas sabemos disso, mas também agimos. Todo jogo que um desenvolvedor deseja carregar em nossa plataforma precisa passar por uma validação nossa, para que possamos garantir que nenhuma linguagem ou história desrespeitosa esteja sendo usada.
E, de fato, existem estudos que corroboram com o impacto positivo que os jogos podem e devem ter sobre esse assunto (Reducing Bias Through Gaming « G|A|M|E (gamejournal.it) / The effect of a serious game on empathy and preconceito de estudantes de psicologia em relação a pessoas com deficiência - PMC (nih.gov)).
Agradecemos a oportunidade e o tempo cedido para que essas questões fossem levantadas e trazidas à nossos leitores e amigos!
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