O último dia 22 (abril) o Allianz Parque em São Paulo foi mais uma vez palco da celebração da festa do rock'n'roll trazendo nessa edição do Monsters of Rock somente os gigantes do melhor do gênero!
O evento contou com 7 atrações internacionais de peso, com destaques para o headliner KISS, o energizante Scorpions, o respeitável Deep Purple e o viciante Helloween! Além desses vieram também o Candlemass, Symphony X e cantora Doro, que abriram o dia logo as 11h da manhã já preparando o público com bastante energia.
A organização do evento no Allianz, como sempre, impecável! Mais tarde, quando o lugar foi lotando (sim, o Allianz lotou!) ainda assim, estava tranquilo comprar comida e bebida, assistir o show tranquilamente e se divertir.
As arquibancadas e cadeiras todas esgotadas, não havia mais ingressos a serem vendidos na porta, a pista normal, somente aqueles espaços vazios ao fundo, e bem pouquinho, e a pista premium também! SOLD OUT! O evento foi um sucesso!
Acredito que por as bandas serem bandas clássicas, o público também era um público mais "clássico", se é que me entendem, então o pessoal não estava para bate-cabeça ou fazer algazarra (obrigada Deus!), mas isso não quer dizer que as pessoas não estavam gostando, muito pelo contrário, a cara de felicidade e contemplação era nítida no rosto de cada um!
Contanto um pouco da minha aventura, até sexta-feira, eu já havia aceitado que não iria ao festival, mas na segunda de manhã quando acordei, antes do meu horário normal, por uma coincidência, acordei com uma mensagem no meu celular perguntando se eu queria um ingresso pro festival, isso era quase 10h da manhã, CLARO QUE QUERO! E daí foi a maior correria! Por fim, cheguei EXATAMENTE na hora em que começou o Helloween! Que sorte! Porque apesar de que eu gostar pra caramba, é a banda favorita do nosso chefe Ricardo Figaro! Mas voltando ao evento.
Os shows que não consegui ver, Candlemass, Symphony X e Doro, eu vou retransmitir a matéria aqui do site Whiplash:
"Entre as atrações que abriram o festival, Doro, Symphony X e o Candlemass trouxeram shows que receberam diferentes avaliações do público. Enquanto a cantora alemã caiu nas graças da plateia pela energia e simpatia, o Symphony X pareceu, para alguns fãs presentes e colegas jornalistas, um peixe um pouco fora d’água em relação aos demais convidados.
O Candlemass, por sua vez, dividiu opiniões. Uma parcela do público achou seu som ao vivo com músicas parecidas e arrastadas demais, enquanto a outra parcela vibrou demais, justamente pelo som denso e pesado com pitadas e influências claras de Black Sabbath. Este jornalista faz parte da segunda corrente."
As 15 horas, pontualmente, o Helloween entra no palco, e, apesar do show curto, porém, impecável, Michael Kiske, Kai Hansen e Andi Deris em perfeita sintonia só deixaram o público com vontade de um show mais longo, e essa é a única reclamação sobre o show. O som estava perfeito, afinação, tudo!
Apesar de terem tocado os clássicos "I Want Out", "Eagle Fly Free", "If I Could Fly", vários outros clássicos ficaram de fora por conta do tempo.
Um dos pontos altos também, foi o ponto em que o público cantou "Forever and One" acústico, emocionante ver a arena, não tão lotada ainda, vibrando com a música e fazendo o estádio ecoar ao som dessa música!
Após uma breve pausa, tivemos a honra de receber os lendários do Deep Purple, dessa vez, infelizmente, sem o guitarrista Steve Morse, que saiu da banda para se dedicar à cuidar da esposa doente, mas que em seu lugar entrou Simon McBride, mas que substitui bem Morse.
Vale lembrar (não acho que é preciso lembrar, mas vamos lá) que Deep Purple, que faz parte tríade sagrada, ao lado de Black Sabbath e Led Zeppelin, foi fundada em 1968, portanto, Ian Paice na bateria com 74 anos, Roger Glover com 77 anos no baixo, nos teclados Don Airey com 74 anos e o mestre Ian Gillan com 77 anos nos vocais.
Imposta as limitações e degradações da idade, todos eles se apresentam com dignidade, persistindo ao tempo e dão aulas de como se faz música boa. Claro que o "silver voice" não dá mais agudos como fazia em 1970, mas ele entrega o seu melhor, ele se dedica, e nós, os fãs, nos emocionamos, e esse é o motivo de serem contemplados após todos esses anos, mesmo admitindo que, claro, não é mais como era antigamente, e isso não é "uma pena", isso é um motivo de orgulho!
E claro, eles não podiam deixar de entregar os clássicos "Highway Star", "Smoke on the Water", "Perfect Strangers", "Hush" e finalizando com "Black Night", que fez o público mexer o corpo no final do show.
(Desculpe não ter muita foto e vídeo, eu tava curtindo essa hora)
A apresentação do Scorpions parece um filme ensaiado de tão perfeitinho em questão de som, técnica, efeitos especiais, etc, porém, não empolgou tanto o público por terem tocado as músicas mais recentes do algum "Rock Believer" de 2022. Mas é claro que eles não deixariam de tocar "Send me an Angel" que o público cantou todos em uma única só voz e na arrepiante "Wind of Change", que teve uma pequena modificação na letra, com referência à guerra na Ucrânia.
O bis trouxe os necessários hits "Still Loving You" e "Rock you Like a Hurricane", a parte mais empolgante do show, na minha opinião.
E claro, os efeitos no telão, que sempre trazem algum tipo de inovação a cada show.
E chegamos ao ponto alto da noite com a última apresentação do evento e o show do KISS!
Foi a terceira vez que o KISS veio como headliner em um Monsters of Rock e como sempre, não trouxeram apenas um show, e sim, um espetáculo!
A tradicional abertura do show com os membros da banda descendo ao palco em plataformas entre explosões de pirotecnia ao som de "Detroit Rock City", o público gritando a plenos pulmões o refrão de "Lick It Up" e Paul Stanley atravessando a multidão em uma tirolesa em "Love Gun" e o encerramento do show em meio a uma chuva de papeis picados brilhantes com "Rock and Roll All Nite".
O público estava vibrante e feliz por estar ali, como disse anteriormente, não atrás de algazarra, mas atrás de prestigiar e se divertir e acredito que o evento conseguiu entregar tudo muito bem da maneira certa! Eu não estava certa de que o evento iria lotar do jeito que lotou, mas agradeço por isso, o rock não está morto e que os festivais dessa estirpe nunca parem!
Matéria por: Ju Puccia
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