Obras digitalizadas em 4k e 2k, como A Rainha Diaba (1974), A Entrevista (1966), Mulheres: Uma Outra História (1988), Sulanca (1986) e Baltazar da Lomba (1982), serão exibidas de19 a 28 de maio, em sessões gratuitas
A Cinelimite é uma organização sem fins lucrativos, criada em 2020 com o objetivo de promover o cinema clássico brasileiro e oferecer serviços de digitalização para filmes e cineastas brasileiros historicamente negligenciados. Em 2022, a Cinelimite lançou a Iniciativa de Digitalização de Filmes Brasileiros (IDFB), um projeto que fornece acesso a serviços de digitalização de filmes no Brasil para filmes órfãos, filmes feitos por membros das comunidades LGBTQ+ e PPI, filmes feitos por mulheres, filmes caseiros e filmes não-comerciais.
De setembro de 2022 a fevereiro de 2023, a IDFB embarcou em uma missão para digitalizar obras do patrimônio cinematográfico brasileiro de regiões com acesso limitado a esse serviço. Usando um scanner portátil de 2K para filmes de 8 mm e Super 8, o projeto, denominado Digitalização Viajante, cobriu seis estados brasileiros do Norte e do Sudeste, em colaboração com a Associação Brasileira de Preservação Audiovisual (ABPA). A iniciativa foi um sucesso surpreendente, resultando na digitalização de mais de 350 filmes brasileiros em apenas três meses.
Com sete programas cuidadosamente selecionados, a Cinelimite apresenta mais de quarenta títulos brasileiros recém-digitalizados, prontos para serem redescobertos pelo público da Cinemateca Brasileira. A mostra abarca uma ampla variedade de tópicos e temas, como documentários sobre a classe operária, obras raras do cinema queer brasileiro, animações e filmes caseiros. Cada exibição contará com apresentações especiais de cineastas e pesquisadores de cinema. A programação é gratuita e os ingressos são distribuídos uma hora antes de cada sessão.
Apoio: Associação Brasileira de Preservação Audiovisual, Arquivo Nacional, Centro Técnico Audiovisual, Verberenas, Núcleo de Documentação e Laboratório de Pesquisa Histórica do Departamento de História da Universidade Federal do Ceará, Universidade Federal da Paraíba e Universidade Federal do Piauí.
Cinemateca Brasileira
Largo Senador Raul Cardoso, 207 - Vila Mariana
Horário de Funcionamento:
Espaços públicos: de segunda a segunda, das 08 às 18h
Salas de cinema: conforme a grade de programação.
Biblioteca: de segunda a sexta, das 10h às 17h, exceto feriados
Sala Grande Otelo (210 lugares + 04 assentos para cadeirantes)
Sala Oscarito (104 lugares)
Retirada de ingresso 1h antes do início da sessão
PROGRAMAÇÃO
PROGRAMA MESTRAS DO CINEMA DOCUMENTAL BRASILEIRO
Sexta-feira, 19 de maio, na sala Oscarito
19h - Helena Solberg
Introdução de Carol Reyes, do Arquivo Nacional.
Debate com as pesquisadoras Esther Hamburger e Hanna Esperança.
A Entrevista (1966), 20 min
Meio Dia (1969), 12 min
From the Ashes: Nicaragua Today (1982), 60 min
Sábado, 20 de maio, na sala Oscarito
14h - Elisa Cabral
Introdução com a pesquisadora Malu de Castro
O Ciclo do Caranguejo (1982), 14 min
Visões de Mangue (1982), 15 min
Televisões (1986), 22 min
Classes Sociais (1982), 16 min
17h - Katia Mesel
Introdução com Kátia Mesel
Debate com os arquivistas Glênis Cardoso & William Plotnick
Banguê (1978), 18 min
Sulanca (1986), 40 min
São João em Santa Cruz (1987), 8 min
Oh de Casa! (1986), 10 min
20h15 - Eunice Gutman
Introdução com Eunice Gutman.
Só no Carnaval (1982), 12 min
Duas Vezes Mulher (1985), 11 min
Mulheres: Uma Outra História (1988), 36 min
Domingo, 21 de maio, na sala Oscarito
17h - PROGRAMA REDESCOBERTAS NO CINEMA DOCUMENTAL BRASILEIRO
Convidados: Cláudio Kahns, Renato Tapajós, Julio Matos e Roberto Gervitz.
Debate com os arquivistas Gustavo Menezes & William Plotnick.
Vila da Barca (1964) dir. por Renato Tapajós, 10min.
A história dos ganha-pouco (1977), de Roberto Gervitz, Sergio Magini e Sérgio Toledo Segall, 32min
Santo e Jesus, Metalúrgicos (1985), de Cláudio Kahns, 57min.
20h15 - PROGRAMA RETROSPECTIVA AMIN STEPPLE
Introdução com Luciana Corrêa de Araújo
Templo Nublado (1975), 7 minutos.
Robin Hollywood (1976), 10 minutos.
O lento, seguro, gradual e relativo striptease do Zé Fusquinha (1978), 3 minutos.
Creuzinha não é Mais Tua (1979), 19 minutos.
P.S. Um Beijo (1976), 7 minutos.
Sexta-feira, 26 de maio, na sala Oscarito
20h - A Rainha Diaba, em 4K
Debate com o diretor Antonio Carlos Fontoura e a arquivista Débora Butruce
Moderador: Matheus Pestana
A Rainha Diaba (1974), de Antonio Carlos Fontoura, 100 min
Sábado, 27 de maio, na sala Oscarito
PROGRAMA A ONDA DE FILMES QUEER EM SUPER-8 DA PARAÍBA
17h - Sessão 1
Introdução: Malu de Castro
Debate com os diretores Henrique Magalhães e Fábio Leal
Baltazar da Lomba (1982), dirigido pelo Grupo Nós Também, 20 min
Tá na Rua (1981), de Henrique Magalhães, 16 min
Era Vermelho Seu Batom (1983), de Henrique Magalhães, 10 min
20h15 - Sessão 2
Introdução: Pedro Nunes e João de Lima Gomes + vídeo de Bertrand Lira
Debate com João Silverio Trevisan e Pedro Nunes
Moderação: Malu de Castro
Perequeté (1981), de Bertrand Lira, 20 min
Closes (1982), de Pedro Nunes, 30 min
Miserere Nobis (1982), de Lauro Nascimento, 20 min
Domingo, 28 de maio, na sala Oscarito
17h - PROGRAMA NOVAS DESCOBERTAS EM ANIMAÇÃO DO PROJETO DIGITALIZAÇÃO VIAJANTE
Debate com o cartunista João Montanaro e a pesquisadora Natália de Castro Soares
Amazônia (s.d.), de Maria Tereza Paes Leme Freitas, 8 mi
Rio de Janeiro Antigo (s.d.), de Maria Tereza Paes Leme Freitas, 11 min
Nó - Nu (s.d.), de Cláudio Raimundo Farias, 4 min
Vã-pirações (1982), de Arnaldo Albuquerque, 3 min
Carcará, Pega, Mata e Come (1979), de Arnaldo Albuquerque, 3 min
Mergulho (s.d.), de Lídia Albuquerque e Arnaldo Albuquerque, 2 min
20h15 - PROGRAMA FILMES DOMÉSTICOS E FILMES AMADORES DO PROJETO DIGITALIZAÇÃO VIAJANTE
Esta sessão incluirá cerca de 90 minutos de diferentes filmes domésticos de seis diferentes cidades brasileiras (Brasília, Teresina, Recife, João Pessoa, Rio de Janeiro e São Paulo). O que são filmes domésticos? São filmes que registram atividades familiares, férias, viagens, passeios ou eventos especiais, destinados, sobretudo, à esfera privada, para serem vistos entre a família e os amigos. São materiais compostos por imagens cotidianas, mas que podem (e devem) ser considerados um importante registro cultural digno de preservação, pesquisa e difusão.
CINELIMITE
A Cinelimite é uma organização sem fins lucrativos sediada em São Paulo, dedicada à difusão do cinema brasileiro internacionalmente.
INICIATIVA DE DIGITALIZAÇÃO DE FILMES BRASILEIROS
A Iniciativa de Digitalização de Filmes Brasileiros (IDFB), um projeto da Cinelimite, fornece acesso integral e gratuito aos serviços de digitalização de filmes brasileiros em formatos originais: 4K (35mm) e 2K (16mm). O objetivo da Iniciativa é digitalizar os filmes brasileiros que ainda não estão disponíveis em alta definição para que possam ser apreciados globalmente nos cinemas e online em suas melhores versões.
CINEMATECA BRASILEIRA
A Cinemateca Brasileira, maior acervo de filmes da América do Sul e membro pioneiro da Federação Internacional de Arquivo de Filmes -- FIAF, foi inaugurada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, tornando-se Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando do seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes. Compõem o cerne da sua missão a preservação das obras audiovisuais brasileiras e a difusão da cultura cinematográfica. Desde 2022, a instituição é gerida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, entidade criada em 1962, e que recentemente foi qualificada como Organização Social.
O acervo da Cinemateca Brasileira compreende mais de 40 mil títulos e um vasto acervo documental (textuais, fotográficos e iconográficos) sobre a produção, difusão, exibição, crítica e preservação cinematográfica, além de um patrimônio informacional online dos 120 anos da produção nacional. Alguns recortes de suas coleções, como a Vera Cruz, a Atlântida, obras do período silencioso, além do acervo jornalístico e de telenovelas da TV Tupi de São Paulo, estão disponíveis no Banco de Conteúdos Culturais para acesso público.
fonte: Trombone Comunica
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