Nos últimos meses, tivemos algumas notícias que movimentaram o mercado de eSports no Brasil. Uma das últimas foi o anúncio dos Jogos Olímpicos de Esports 2023, feito pelo COI (Comitê Olímpico Internacional), que reconheceu o Fortnite como esport olímpico, além de jogos como Gran Turismo, Just Dance e outros 7. O tema gerou muito destaque para o setor que teve um novo impulsionamento para os negócios e, mesmo não entrando jogos como LoL, CS:GO e Valorant, os orçamentos para as oportunidades de patrocínio voltaram com força total.
O patrocínio de times de jogos eletrônicos foi uma das principais ações que movimentaram o universo de games e eSports nos últimos anos. Segundo a Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia da PwC Brasil, a expectativa é que o mercado triplique até 2026. Diversas marcas desejam entrar no '’território'', mas as perguntas de muitos - quiçá da maioria - é: Como fazer isso? Com quem conectar? Qual jogo faz sentido? Como escolher um time?”. As empresas ainda ficam totalmente perdidas de como iniciar uma conexão real com a comunidade, com os consumidores, com as pessoas!
A busca por ações, projetos e patrocínios, está cada vez mais aquecida. O patrocínio de times de eSports é um bom caminho, mas para saber como tomar esta decisão é importante refletir sobre alguns pontos:
1º STORYTELLING
As marcas precisam de um bom storytelling, e só quem realmente acompanha, conhece, e tem experiência, é capaz de criar algo que inicie, de fato, uma boa participação no setor.
2º PROPÓSITO
Marcas e times precisam do match de propósitos e valores. Vejo que algumas marcas escolhem times para patrocinar pelo '’destaque'' de um jogador ou influenciador hype que aumenta o destaque da Org, e só usam a exposição de marca e algumas entregas de conteúdo, mas que muitas vezes não gera uma real conexão com os fãs ou com quem acompanha os campeonatos de uma forma geral. Muitas vezes isso acontece pela falta de ligação com a Org. definida para patrocinar. Se for pelo propósito, dificilmente terá erro.
3º CONTEÚDO
Assim como os objetivos da Org, o conteúdo que a marca entrega, tanto em seus canais oficiais nas mídias sociais, quanto no discurso de um jogador e/ou influenciador, é de extrema importância e precisa de curadoria, direcionamento profissional e estratégia. Também é necessário uma avaliação dos atletas que vão representar a marca com algum conteúdo, analisar as redes sociais deles, o engajamento (muito mais do que só números de seguidores), que tipo de conteúdo ele gera, se já se envolveu em alguma polêmica e como é a relação da Org com o que ele produz.
4º ENTREGAS EXTRAS ALÉM DA EXPOSIÇÃO DA MARCA
Criar projetos e ações que possam contribuir com a exposição de marca irá garantir uma continuidade, um maior alcance e uma conexão e entrada real no setor.
Considero esses quatro pontos essenciais na hora de avaliar um patrocínio. O que não faltam são organizações incríveis, com propósitos que inspiram e líderes que buscam transformar vidas e realizar sonhos, com oportunidades para jovens, permitindo que muitos atletas desenvolvam suas habilidades com toda a estrutura necessária.
*Juliana Almeida, Co-founder da G4B, direcionou sua carreira na área de branding e marketing digital, atuando em empresas de grande porte como BRQ IT Service, OI e Trigg, onde liderou equipes de branding, marketing, redes sociais, Growth, produtos e vendas. Criando e direcionando ações que viraram case no mercado do entretenimento e de finanças, como a conexão que ajudou a criar entre o público Geek e a Fintech Trigg, com ações onde a parceria com a Warner contribuiu para experiências e produtos.
Sobre a G4B
Primeira brasileira especializada em negócios para os segmentos de Games, eSports e Entretenimento. A G4B é a porta de entrada para um dos setores que mais crescem no mundo, desenvolvendo projetos que façam sentido às organizações. Nasceu em abril de 2022 e tem como parceiros grandes empresas como Ubisoft, B4 eSports e Samuel \"Level UP\" Lima. LinkedIn. A empresa é um investimento da Seastorm Ventures, startup studio com foco na criação e desenvolvimento de negócios digitais.
fonte: Brain Comunicação
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