top of page
Foto do escritorBeca Tonello

Crítica | 41 anos depois, Super Mario finalmente ganha um filme que faz justiça à sua importância

Produção distribuída pela Universal Pictures estreia nesta quinta, 6 de abril, nos cinemas

O personagem Mario, da Nintendo, fez a sua estreia no mundo dos games em 1981, ainda chamado de “Jumpman” em um jogo do Donkey Kong. Mais de 41 anos depois, o encanador bigodudo com sotaque italiano é talvez o maior símbolo do universo dos games e, Super Mario Bros: O Filme faz justiça ao seu tamanho.


Não há como não mencionar a versão live action lançada nos anos 90. Ainda que, mais pelo saudosismo do que pela qualidade, alguns fãs se lembrem dela com carinho, o fato é que a produção dirigida por Rocky Morton e Annabel Jankel em 1993 é completamente esquecível. Assim, podemos considerar essa a estreia de Mario no universo do cinema.

Super Mario para todas as idades

Adaptar Super Mario para o cinema não é uma tarefa simples. Se por um lado é preciso pensar em referências dos jogos que possam ser identificadas por pessoas de todas as idades e gerações, por outro é preciso apresentar a história às novas gerações de maneira que personagem possa ter vida longa (e própria) também fora do mundo dos games.


Felizmente, o trabalho dos diretores Aaron Horvath (de Os Jovens Titãs em Ação! Nos Cinemas) e Michael Jelenic, estreante na direção nos cinemas, traz muito mais acertos do que qualquer outra coisa. O resultado é um filme divertido e agradável, capaz de ser aproveitado por pessoas de todas as idades, sem deixar de lado a ação e apostando em uma trama que foge do convencional.

Nos primeiros momentos, acompanhamos a vida de Mario e Luigi como encanadores no Brooklyn, em Nova York. É a partir de lá que um evento grandioso mudará suas vidas, levando-os para o Reino dos Cogumelos, terra administrada pela princesa Peach e sob ameaça do temível Bowser.


Indo além de uma história convencional

Para quem imagina que a sinopse do filme seria apenas o Mario tentando salvar a princesa Peach das garras do Bowser, aqui há uma grata surpresa. Ao adicionar dimensões e multiversos à história, o roteiro assinado por Matthew Fogel (de Minions 2: A Origem de Gru) enriquece a composição dos personagens.


Todos nós sabemos quem é Mario e Luigi dos jogos, mas ficamos tentados a conhecer mais sobre as suas versões cinematográficas. Uma vez no Reino dos Cogumelos, as ações não são simplesmente mostradas na tela de forma gratuita. Há explicações até mesmo sobre o uso do poder dos cogumelos e a justificativa para as transformações se mostra não só válida, mas muito mais rica do que no mundo dos games.


Longe de recair em uma trama infantil, Super Mario Bros: O Filme opta por uma história mais jovem – e acerta ao dar um sentido claro à existência dos Toads, dos Koopas e do universo de personagens de Donkey Kong, cuja participação na trama é fundamental.


Tecnicamente, Super Mario é uma animação quase sem erros

Em termos técnicos, a animação de Super Mario: O Filme é impecável. O visual belíssimo dos cenários, a escolha dos ângulos de câmera – que em muitos momentos propositalmente fazem parecer que estamos diante de um jogo – e os cortes acelerados nas cenas de combate dialogam muito bem com o público.


Particularmente, assisti à versão 3D (com óculos especiais) em uma sala IMAX, e não vi necessidade alguma nessa tecnologia. É possível aproveitar bem o filme, sem perder nenhum detalhe importante, mesmo nas sessões 2D convencionais.


Com duração de pouco mais de 1h32, Super Mario Bros: O Filme se propõe a ser entretenimento da melhor qualidade, apelando para a nostalgia de todas as formas possíveis. A trilha sonora, por exemplo, está recheada de músicas dos anos 80, incluindo A-ha e AC/DC, que devem “bater” direto na lembrança daqueles na faixa dos 30/40 anos.


Animação justifica a expectativa e agrada

A sensação que fica após o filme é: por qual razão tivemos que esperar tanto tempo assim para ver um universo tão rico como esse na tela dos cinemas? Super Mario Bros: O Filme muito provavelmente voará alto nas bilheterias e deve ter outras sequências nos próximos anos. O formato animação, com traços próximos aos dos jogos, funciona perfeitamente na adaptação.

Claro, há algumas pequenas falhas, mas nenhuma delas chega a incomodar. Alguns números musicais de Bowser, por exemplo – um alívio cômico do personagem – não funcionam como se espera. Todavia, nada disso é capaz de comprometer a ótima experiência de uma sessão que, assim como os games da Nintendo, é feita sob medida para toda a família.


Se eu recomendo? Com toda certeza, vale muito ver direto nos cinemas. Ah, importante: há duas cenas após o término do filme. A primeira delas é logo após os créditos principais e a segunda, mais importante, aparece somente após os créditos finais e dá uma pista de um novo personagem que veremos em uma possível sequência.


Super Mario Bros: O Filme, distribuído pela Universal Pictures, estreia nos cinemas brasileiros em 6 de abril de 2023.


fonte: Adrenaline

Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
bottom of page