Longa-metragem MAQUINA DO DESEJO, de Joaquim Castro e Lucas Weglinski, chega ao circuito cinéfilo como um rito de passagem do artista que transformou diversas gerações de brasileiros
Após uma jornada de vitórias em festivais, MÁQUINA DO DESEJO, um filme sobre a fantástica trajetória de José Celso Martinez Corrêa, o inigualável Zé Celso, chega ao circuito dos cinemas brasileiros mediante a um mutirão artístico que, mobilizado com a tragédia que nos levou sua presença, pretende seguir a sua luta. O documentário é uma codireção entre Joaquim Castro e Lucas Weglinski e terá sua pré-estreia no dia 19 de julho, quarta-feira, às 21h, ocupando as três salas do Espaço Itaú de Cinema Augusta, em São Paulo, com entrada gratuita. Será um Rito ao Zé!
A dupla de diretores transformou ao longo de sete anos um acervo de mais de seis décadas de registros; entre filmagens de cineastas e videomakers, arquivos de cinematecas, TV's nacionais e internacionais, além de muitas gravações feitas pelo próprio Teatro Oficina, resultando no maior registro histórico de uma das mais longevas companhias de teatro em atividade permanente do Brasil.
A distribuidora Descoloniza Filmes, que planejava o lançamento para outubro, topou com os diretores esse ato no calor da urgência do fogo criador que sempre caracterizou Zé. Sem qualquer edital ou patrocínio, vão estrear no choque dos acontecimentos. O filme narra em uma linguagem única as mais de seis décadas de trabalho contínuo que transbordou o palco e penetrou na história do Brasil. Um mergulho nas entranhas criadoras da companhia que faz da liberdade de criação uma conquista irreversível.
Trailer:
Sinopse Em mais de seis décadas, o Teatro Oficina faz mais que revolucionar a linguagem teatral no país: a influência estética da companhia de José Celso Martinez Corrêa estende-se da invenção do Tropicalismo à renovação das linguagens audiovisuais, performáticas, arquitetônicas, musicais brasileiras e muito mais a partir dos anos 1960 até hoje. O filme revisita uma história que envolve personalidades como Caetano Veloso, Glauber Rocha e Lina Bo Bardi, dissolve barreiras entre teatro, ecologia, arquitetura e sexualidade, e mistura arte e vida na eterna busca de uma linguagem verdadeiramente brasileira.
Direção, Roteiro e Montagem: Joaquim Castro e Lucas Weglinski Produção Executiva: Clara Ramos, Heloisa Jinzenji, Fernando Nogueira, Lucas Weglinski Música: Guilherme Vaz, Zé Miguel Wisnik, Surubim, Edgar Ferreira e Caetano Veloso Edição de Som e Mixagem: Edson Secco, Sonideria Desenho de Som: Edson Secco, Joaquim Castro e Lucas Weglinski Pesquisa Audiovisual: Eloa Chouzal Animações: Átila Fragozo e Marcelo X Realização: Governo Estado SP, PROAC Produção: Agalma Filmes e Opy Filmes Coprodução: Canal Brasil, Teat(r)o Oficina e Loma Filmes Apoio: Cavideo, Diase, Sonideria e TV Cultura Distribuição: Descoloniza Filmes
Visão dos Diretores:
O nosso objetivo como diretores desse documentário é oferecer ao público uma visão abrangente e esclarecedora sobre a história política e artística do Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona. Ao explorar as lutas, conquistas e os valores defendidos por José Celso Martinez Corrêa e sua Uzyna, pretendemos iluminar como o teatro, enquanto forma de expressão, pode desafiar e amplificar vozes, além de ser uma poderosa ferramenta de transformação social. Por meio de falas de diversas pessoas que viveram o teatro, imagens de arquivo e trechos de apresentações teatrais, esperamos transportar o espectador para dentro dessa emocionante jornada de mais de seis décadas, revelando a influência do Teatro Oficina na cultura brasileira e no panorama artístico global.
Há 65 anos, o Oficina enfrenta diversos obstáculos impostos por regimes autoritários e censura, além de estar envolvida em questões sociais urgentes. Revivemos os desafios enfrentados por José Celso Martinez Corrêa e as diversas formações do Tyaso do Oficina ao longo do tempo, destacado seu compromisso com a liberdade de criação, a reexistência e a defesa dos direitos humanos. O super objetivo da Cultura.
Como Zé sempre disse: Cultura não é coisa de domingo, de lazer, super estrutura, mas sim a (infra)estrutura da própria vida. E mesmo nos momentos mais antidemocráticos da história, a cultura fervilha, enfrenta e apresenta novos caminhos. É o eterno retorno da luta entre a Guerra e o Desejo.
É a história de um dos movimentos culturais mais influentes do Brasil, mas também a história do Audiovisual no Brasil, uma vez que sua história acompanha o desenvolvimento dos formatos audiovisuais nos últimos 80 anos. Desde filmagens em família dos anos 1930 até fragmentos de filmes de cineastas incríveis como Zé do Caixão, Luiz Rosemberg Filho, Eryk Rocha, de várias gerações. Também podemos ver fragmentos de filmes realizados pelo Teatro Oficina que estiveram em festivais como Cannes e Berlim. É também sobre como sua arte influenciou músicos como Caetano Veloso e Chico Buarque, cineastas como Glauber Rocha e Rogério Sganzerla e movimentos de Arte como a Tropicália e a Antropofagia. E não termina aqui.
Temos influência na Arquitetura e seus principais símbolos no Brasil, como Lina Bo Bardi, Edson Elito, Flávio Império e Hélio Eichbauer, e no Urbanismo e Ecologia. Oficina é um agente cultural que dialoga com a história do Brasil como um todo e no filme podemos ver como lutou contra a Ditadura Brasileira e esteve presente e filmou a Independência de Moçambique (África) e a Revolução dos Cravos em Portugal. Um time totalmente inusitado compõe o coro polifônico que narra o filme: Ítala Nandi, Renato Borghi, Célia Helena, Antonio Abujamra, Dina Sfat, Lina Bo Bardi, Azis Ab´Saber, Maria Alice Vergueiro, Bete Coelho, Chico Buarque, Caetano Veloso, Fernanda Montenegro, Elke Maravilha e Maluf são algumas dessas improváveis combinações que só o Oficina poderia nos proporcionar.
Sobre Joaquim Castro É diretor, montador e fotógrafo natural de São Paulo. Fez recentemente a direção e a montagem do longa-metragem “Partido”, junto com César Charlone, e também montou os filmes "Sérgio Mamberti", de Evaldo Mocarzel e “Luiz Melodia - No Coração do Brasil", de Ale Dorgan, todos em fase de finalização. Seu primeiro longa-metragem como diretor e montador, "Dominguinhos", de 2014, foi indicado ao prêmio de Melhor Montagem e ganhou o prêmio de Júri Popular de Melhor Documentário no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro em 2015. Seu segundo longa-metragem como diretor e montador, MÁQUINA DO DESEJO, ganhou diversos prêmios, incluindo o de Melhor Montagem e Menção Honrosa do Júri no Festival É Tudo Verdade 2021 e Melhor Documentário pelo Júri Popular do Festival Mix Brasil 2021, entre outros. Participou da montagem e do desenho de som do documentário "Democracia em Vertigem", de Petra Costa, indicado ao Oscar de Melhor Documentário em 2020. Castro também colaborou na montagem de diversos outros filmes, como "Babenco: Alguém Tem Que Ouvir o Coração e Dizer Parou", de Bárbara Paz, vencedor do Festival de Veneza de Melhor Documentário, entre outros.
Sobre Lucas Weglinski Trabalha com cinema há 20 anos, além de artes visuais, videoarte, teatro e música. É roteirista, diretor, montador e desenhista de som. Nos últimos dois anos, lançou dois premiados longas-metragens e acaba de filmar seu primeiro longa de ficção, dos quais foi roteirista, diretor, montador e desenhista de som:
MÁQUINA DO DESEJO. (2021) Prêmio EDT de Melhor Montagem, Menção Honrosa no É Tudo Verdade 2021, Melhor Longa no Mix Brasil, Melhor Contribuição Artística no CineVitória, Prêmio Especial do Júri no Festival Da Fronteira, Melhor Documentário no FICCSUR no Chile, Prêmio Memória do País nos 25 Anos de Brazilian Film Festival (NY, LA e Miami), Menção Especial no Arquivo em Cartaz, Finalista ao Prêmio ABCine de Melhor Edição. Filme e Diretor Convidado em Harvard - Estados Unidos e Queer Porto - Portugal (2022)
MÚSICA NATUREZA. (2022) Prêmio de Melhor Documentário no LABRFF - Los Angeles 2022, Melhor Filme, Melhor Edição e Melhor Desenho de Som no Sunworld Film Festival (India), Melhor Diretor de Documentário New Wave Munich, Prêmio Empoderamento Feminino no Tokyo International Film Festival, Melhor Produção no Seoul International Film Festival e Melhor Documentário New York Tri State Film Festival 2023.
Filme convidado da Universidade de Minessota (EUA) Maio de 2023, participações em festivais: Visions Du Reel 2023 (Suiça), Festival Latino de San Francisco 2022 (EUA), Inffinitto Film Festival (Miami), Toronto Indie Festival, Festival das Marias (Brasil e Portugal), BDMG (Brasil).
Participa na Seleção Oficial de importantes festivais internacionais, tais como o Festival de Cannes, Sundance, IDFA, Guadalajara, Havana, San Francisco, Los Angeles, Tokyo, Seoul, e nacionais, como São Paulo, RJ, Tiradentes, Vitória, João Pessoa, Curitiba, Porto Alegre, Maranhão, Belém, etc. E em mostras no MoMA-NY, Beaubourg-Paris, MALBA-Buenos Aires, INHOTIM-MG, MIS-SP, CCSP, CCBB-RJ, Parque Lage-RJ, entre outros.
Sobre a Descoloniza Filmes Fundada em 2017 por Ibirá Machado, a Descoloniza Filmes nasceu com o propósito de equiparar a distribuição de filmes dirigidos por mulheres e que tragam novas propostas narrativas e temáticas, contribuindo com a construção de uma nova forma de pensar. Em 2018, a Descoloniza lançou o filme argentino "Minha Amiga do Parque", de Ana Katz, vencedor do prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Sundance, "Híbridos - Os Espíritos do Brasil", de Priscilla Telmon e Vincent Moon, o chileno "Rei", de Niles Attalah, vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Roterdã, e "Como Fotografei os Yanomami", de Otavio Cury. Em 2019, codistribuiu junto à Vitrine Filmes a obra "Los Silencios", de Beatriz Seigner, e levou aos cinemas "Carta Para Além dos Muros", de André Canto. Durante a pandemia, lançou diretamente no streaming os filmes "Saudade Mundão", de Julia Hannud e Catharina Scarpellini, e "Castelo de Terra", de Oriane Descout, retomando os lançamentos em salas no segundo semestre de 2021 com "Cavalo", de Rafhael Barbosa e Werner Sales, "Parque Oeste", de Fabiana Assis, e "Aleluia, O Canto Infinito do Tincoã", de Tenille Barbosa. Em 2022, realizou os lançamentos de "Sem Rosto", de Sonia Guggisberg, "Gyuri", de Mariana Lacerda, "Aquilo Que Eu Nunca Perdi", de Marina Thomé, e “Êxtase”, de Moara Passoni. Em seu calendário de lançamentos de 20233, há “Muribeca”, de Alcione Ferreira e Camilo Soares, “Para’í”, de Vinicius Toro, "Para Onde Voam as Feiticeiras", de Eliane Caffé, Carla Caffé e Beto Amaral, “Luz nos Trópicos”, de Paula Gaitán, “Seus Ossos e Seus Olhos”, de Caetano Gotardo, dentre outros.
fonte: Sinny Assessoria e Comunicação
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