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Foto do escritorBeca Tonello

O dia em que a Gameloft fez o seu próprio GTA no Rio de Janeiro, com a série Gangstar


Os fãs de GTA, ao verem cidades dos EUA sendo reproduzidas nos jogos da Rockstar, sempre quiseram ver as nossas cidades também prontas para serem exploradas, das mais variadas formas. É verdade que, atualmente, o leque de opções aumentou, e muito: temos jogos do estilo mundo aberto em Hong Kong, Londres, Tóquio e muitos outros locais.


Mesmo o Brasil, com o desejo dos fãs em ver um GTA verde-amarelo, já teve as suas representações. Lá em 2000, por exemplo, o Rio de Janeiro foi um dos cenários de Driver 2. Atualmente, é o 171 que está levando a “aura brasileira” aos games, com os brasileiros apresentando a cidade de Sumariti, inspirada em Sumaré.


Isso sem esquecer as dezenas de modificações de GTA San Andreas, que adicionaram coisas desde carros de polícia, até torcidas organizadas.


Mas, no meio de tudo isso, tivemos outro game, de mundo aberto, que contava com uma cidade brasileira como palco principal. Estamos falando de Gangstar Rio: City of Saints, um dos games da Gameloft para dispositivos móveis, dos tempos em que a desenvolvedora francesa era líder absoluta no segmento, trazendo games com visual impressionante para os aparelhos, que eram bem mais limitados se comparados com os modelos atuais.

Lançado em 2011, para iOS e Android, Gangstar Rio: City of Saints, seguia uma tendência daquela época: desenvolver games para smartphones com qualidade de console. Imaginava-se que os dispositivos móveis substituiriam os consoles portáteis (e o fizeram), entregando jogos com a mesma qualidade, mas com preço menor, somando a conveniência de um “faz-tudo” na mão. Assim, encabeçados pela Gameloft, vários jogos seguiam essa ideia, entregando gráficos e visuais impressionantes para a época.


O game também teve uma versão Java, feita pra quem ainda não tinha um smartphone naquela época, mas já jogava no celular.

Assim, o Rio de Janeiro da Gameloft chamou muita atenção, por contar com muitos detalhes. O game trazia a Orla de Copacabana e Ipanema, e também visitava as favelas da cidade, com uma riqueza de detalhes muito interessante, para um jogo de celular, de dez anos atrás. O gameplay, no entanto, ainda não era dos melhores, já que os complexos jogos mandavam bem no visual, mas ainda sofriam para traduzir os comandos de um controle para as telas de toque.


Mas dava pra se divertir, ou ao menos “quebrar um galho”, quando você queria jogar GTA IV, mas estava longe de um console ou PC. A história do game, envolvendo vingança, está muito longe de ser inesquecível, existindo ali mais porque precisava ter algo neste sentido, do que era algo realmente relevante. De qualquer forma, a exploração, o sandbox e tudo o que um game deste gênero tem para oferecer estava lá, e agradou. Ao menos quem entendeu as limitações do game, e achou tudo bem jogá-lo assim.

Atualmente, só é possível jogar o game em aparelhos Android, ou em aparelhos iOS mais antigos, uma vez que o game não está entre os que receberam suporte para as versões mais novas dos aparelhos da Apple. E não conta com atualizações desde 2019. A própria Gameloft mudou muito de 2012 pra cá, vendo a liderança do mundo móvel ser tomada por outros estilos e produtoras, com games como Free Fire, PUBG Mobile ou CoD Mobile sendo os preferidos do momento.


A produtora lançaria ainda novos games da série Gangstar, sendo o último deles o New Orleans. Mas, nesta altura, a forma de se fazer jogos da produtora já havia mudado, e os tempos de outrora já não existiam mais. Mesmo assim, pra quem só quer “curtir um tempo livre”, conferindo um dos jogos que eram a cara dos jogos de celular do início dos anos 2010, vale a pena conferir esse passeio no Rio de Janeiro, imaginando como seria um game atual, com alguns destes elementos. Como o Cristo Redentor do game, que joga futebol e usa bermuda.



fonte: Arkade

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