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Foto do escritorBeca Tonello

Para ensinar crianças sobre a preservação das terras indígenas, bora jogar e aprender com Minecraft

Projeto educacional do Amazone-se, Centro de Trabalho Indigenista e Survival International, cria programação dentro do game mais comercializado do mundo.

CANAL 42 OFFICIAL - Para ensinar crianças sobre a preservação das terras indígenas, bora jogar e aprender com Minecraft

Nos últimos anos, a exploração ilegal de terras indígenas no Brasil cresceu exponencialmente contaminando o solo, a água e dizimando parte da população de diversos povos. Para conscientizar a nova geração sobre a importância da preservação da população indígena, nasce o projeto educacional “A Terra Não Minerável”, que será lançado nas redes sociais no Dia dos Povos Indígenas, dia 19 de abril, e apresentado aos educadores no stand da desenvolvedora do jogo no maior evento de educação e tecnologia latino-americano, a Bett Brasil, de 9 a 12 de maio.

A iniciativa tem a participação da Amazone-se, do Centro de Trabalho Indigenista -- CTI e da Survival International, organizações da sociedade civil que atuam junto a comunidades indígenas na Amazônia.


O programa acontece onde este público já passa grande parte dos seus dias: o Minecraft, game mais vendido no mundo, que ensina as crianças a minerarem e desenvolverem seus mundos. Em um mapa ambientado na Floresta Amazônica, formado pelos povos originários, seus rios, árvores, pássaros, fogueiras, entre outros elementos, as crianças terão a oportunidade de aprender sobre a preservação do meio ambiente. No novo mod criado “A Terra Não Minerável”, como o próprio nome sugere, se torna impossível fazer a mineração do solo, subvertendo, assim, a lógica do jogo, graças a uma inédita mudança em sua na programação, que não importa o quanto o jogador tente, ele não conseguirá minerar. Ao invés, abre-se para os jogadores um espaço de aprendizagem desenvolvido com o apoio de um consultor pedagógico especializado no Minecraft Education. “O mapa apresenta elementos da cultura indígena no Brasil em um mundo virtual para trazer consciência real”, destaca Francisco Tupy, consultor em Minecraft Educational.

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O projeto será disponibilizado para todas as crianças dentro do Minecraft Educacional e inclui iniciativas pedagógicas junto aos professores para que levem seus alunos a conhecerem um pouco sobre as comunidades indígenas e suas culturas, por meio de atividades educativas. Explorando o sistema encontrado nessas “terras indígenas", as crianças são levadas a entender por que as terras destas comunidades devem ser respeitadas. Aliás, o mapa não representa uma comunidade indígena específica, mas sim, salienta os pontos que têm em comum, afinal, a questão sobre o cuidado com as terras é de todos e não apenas de um povo.

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"Estamos muito felizes por apoiar o início de um projeto potente e inovador que mistura pedagogia e tecnologia. É urgente e necessário valorizar e trazer as riquezas e culturas vivas da nossa Amazônia para a educação das crianças de todo o Brasil. Acreditamos no potencial de crescimento e expansão de novas vertentes futuras desse projeto educacional", destaca Guilherme Cesaro, diretor pedagógico e jurídico da Amazone-se.

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“A Terra Não Minerável é um projeto essencial para a conscientização das novas gerações sobre a importância de proteger as terras indígenas, a enorme biodiversidade que se encontra nelas, e de respeitar os melhores guardiões da natureza que são os povos indígenas", endossa Priscilla Oliveira, pesquisadora e ativista da Survival International.

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Para levar a iniciativa ao conhecimento de um maior número de pessoas, o projeto, cocriado pela AlmapBBDO, tem também um site Link, que traz várias informações e mostra a navegabilidade dessas terras impossíveis de serem mineradas ​​no Minecraft.

Quem é quem? Amazone-se: O Amazone-se é um projeto social desenvolvido na ONG Base Colaborativa desde janeiro de 2019. A atuação do projeto cria espaços de escuta, apoiando comunidades ribeirinhas a longo prazo. Realiza ações regenerativas que impactam na qualidade de vida e percepção de felicidade dos ribeirinhos.

Através de suas vivências imersivas apresenta e conecta a maior floresta tropical do mundo e os povos da Amazônia a você, expandindo a consciência individual e coletiva sobre uma das mais belas regiões do nosso Brasil.”

Centro de Trabalho Indigenista -- CTI Associação sem fins lucrativos, fundada em março de 1979, no Brasil, por antropólogos e indigenistas. É constituído por profissionais com formação e experiência qualificadas nos mais variados campos e comprometidos com o futuro dos povos indígenas. Tem como marca de sua identidade a atuação direta em Terras Indígenas, por meio de projetos elaborados a partir de demandas locais, visando contribuir para a autodeterminação dos povos indígenas, com objetivos específicos de colaborar para que os povos indígenas exerçam o controle territorial e a gestão ambiental de seus territórios, além de apoiar sua afirmação étnica e cultural.

Survival International É o movimento global pelos povos indígenas. Formada em 1969 e atuando em seis idiomas, a Survival luta junto dos povos indígenas por suas terras e suas vidas ao redor do mundo. O trabalho da organização é dedicado a amplificar as vozes indígenas internacionalmente, confrontar, investigar, e expor governos e grandes empresas pelas atrocidades cometidas por eles, e a mudar a opinião pública. Sua visão é um mundo onde os povos indígenas sejam respeitados como sociedades contemporâneas e que tenham seus direitos protegidos. Rejeitam o financiamento do governo para garantir absoluta independência e integridade.

Francisco Tupy Gomes Correa, coordenador pedagógico Professor, game designer e palestrante. É o primeiro #MieexpertFellow da América Latina. Administrador de mundos virtuais pedagógicos. É doutor e mestre em aplicação de videogames na educação e comunicação pela ECA/USP. Desenvolvedor do Kit Maker de criação de jogos e aplicativo de alfabetização científica Norte para a Ciência. Autor dos livros Gamificação Escolar de Bolso e Metaverso Escolar de Bolso, publicados pela Editora do Brasil. É Bicampeão do “Educator Exchange: 2015 (Seattle) e 2016 (Hungria). Palestrante no Campus Party, Casa do Saber e Ministério da Educação dos Emirados Árabes. Bacharel e Licenciado em Geografia pela FFLCH/USP. Fez formação/extensão educação e inovação pela UCSB da Califórnia e Krishnamurti Foundation of America.


fonte: Giusticom

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